Em 1924, Álvaro Portela (1894-1961) fundou no Porto uma indústria de produção de medicamentos, a que chamou BIAL, e que hoje é uma empresa de inovação de dimensão internacional.

Em 1929 foi registada a primeira marca de grande sucesso da empresa, o xarope antitússico Benzo-Diacol, com o qual Álvaro Portela utilizou um marketing bastante criativo. Um dos exemplos foi colocar cartazes publicitários em algumas igrejas – nomeadamente em Fátima – com a frase “no silêncio dos templos, Benzo-Diacol”.

Passagem das instalações industriais da BIAL para a Rua João Oliveira Ramos, ainda no Porto, onde se manteve até 1996.

Nos anos 60, a BIAL era já uma das maiores farmacêuticas portuguesas, fruto de uma forte aposta na mecanização – sob a liderança do filho de Álvaro Portela, António Emílio Portela.

A BIAL lança o Reumon, um gel anti-inflamatório tópico que atinge um grande sucesso no mercado nacional.

No início de 1979, Luís Portela, licenciado em medicina, comprou a maioria do capital da empresa e assumiu a sua presidência, com apenas 27 anos de idade. Foram definidas três grandes linhas estratégicas de desenvolvimento: qualidade, inovação e internacionalização.

Criado com o objetivo de incentivar a pesquisa médica e divulgar obras de grande repercussão na área da investigação médica, em 1984 foi criado o Prémio BIAL. A partir de 1994, o Prémio passa a ser gerido pela Fundação BIAL.

Em finais de 1992, a BIAL criou o seu Departamento de Investigação e Desenvolvimento, sob a orientação do farmacologista José Garrett, a quem mais tarde sucedeu o também farmacologista Patrício Soares da Silva.

Com o compromisso de incentivar o estudo científico do Ser Humano – físico e espiritual – foi constituída, em 1994, a Fundação BIAL. Liderada por Luís Portela, é uma instituição de referência, particularmente no âmbito da investigação em Neurociências e Parapsicologia, que visa estimular descobertas que beneficiem as pessoas, proporcionando mais saúde e permitindo alcançar novos patamares no conhecimento.

Decorria o ano de 1996 quando foram inauguradas as instalações da BIAL, em São Mamede do Coronado – um ponto fulcral no crescimento da empresa.

Com a aquisição da empresa Aristegui, com sede em Madrid e fábrica em Bilbau, chegou a criação da primeira filial em Espanha. No mesmo ano foi também constituída a Medimport, em Moçambique – estavam criados os primeiros alicerces internacionais da BIAL. Neste ano, a empresa obtém a Certificação da Qualidade ISO 9001.

Tendo como premissa a excelência em todas as suas atividades, a BIAL obtém a certificação do Sistema de Gestão Ambiental ISO 14001.

Em 2005, a BIAL tornou-se membro efetivo da European Federation of Pharmaceutical Industries and Associations (EFPIA), uma entidade que reúne as companhias de investigação líderes do setor farmacêutico europeu.

2008 foi um ano marcante no que toca à globalização da empresa, com a abertura de filiais em dois continentes: África (Costa do Marfim e Angola) e América Central (Panamá).

O lançamento do Zebinix® (acetato de eslicarbazepina), o primeiro medicamento de investigação própria da BIAL e o primeiro fármaco de patente portuguesa - destinado ao tratamento da epilepsia - marcou de forma indelével o ano de 2009 e a história da BIAL. Este antiepilético resultou de mais de 15 anos de aposta na Investigação e Desenvolvimento por parte da empresa.

Corria o ano de 2010 quando a BIAL adquiriu a farmacêutica S.A.R.M Allergeni - especializada na área da imunoterapia alérgica-, estabelecendo assim a sua presença em Itália.

Tendo a BIAL um projeto estratégico assente na Investigação e Desenvolvimento, bem como na internacionalização, Luís Portela decidiu preparar atempadamente a sua saída. Depois de um processo de discussão interna, António Portela assume a presidência executiva da BIAL.

Um momento marcante foi a inauguração, em 2012, da nova fábrica de vacinas no Parque Tecnológico de Bilbau, dotada de um Departamento de Investigação e Desenvolvimento na área da alergologia. Posteriormente, em 2017, a BIAL viria a alienar a área de imunoalergologia para se focar no desenvolvimento de medicamentos inovadores a partir das suas instalações em Portugal.

Aptiom® (acetato de eslicarbazepina) é aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), dando assim início à comercialização de um medicamento português nos EUA.

No seguimento da forte aposta na expansão internacional, foram inauguradas instalações próprias da BIAL em Frankfurt e Londres.

O Ongentys® (opicapona), segundo medicamento de investigação própria da empresa, é lançado neste ano após aprovação da Comissão Europeia. Destinado ao tratamento da Doença de Parkinson, é hoje um fármaco global, presente na vida de cerca de 80 mil doentes por todo o Mundo.

A BIAL anuncia que a FDA (Food and Drug Administration) aprovou o Ongentys® (opicapona) para os EUA. Autoridades reguladoras do Japão, Taiwan e Austrália aprovam também o Ongentys®.

A internacionalização continua a ser fundamental e, como tal, foi criada uma nova filial na Europa, desta vez na Suíça, e é também criada a BIAL Biotech nos EUA.

António Horta Osório assume a Presidência do Conselho de Administração da BIAL, substituindo Luís Portela, acionista maioritário da empresa e seu presidente ao longo de 42 anos. Luís Portela mantém-se como Presidente da Fundação BIAL.

Em Outubro de 2022, foi inaugurada uma nova unidade de produção de antibióticos e efetuada a expansão do edifício industrial do grupo BIAL – como resultado do projeto de expansão do Campus BIAL. Desta forma foi reforçada a capacidade de produção e a autonomia no fornecimento de medicamentos para os diferentes mercados onde a empresa opera.

A BIAL decide pela expansão estratégica da sua área de Investigação e Desenvolvimento (I&D), dando início à investigação na área de Novas Modalidades e Doenças Raras.